quarta-feira, 21 de julho de 2010

Da mudança

Há uns tempos, conversava eu com os meus sobre um senhor já de idade avançada com quem um dia falei e que, cinco minutos depois de nos sentarmos, estava a descrever-me. Lembro-me, na altura, que pensei como raio é que alguém podia pensar que, em cinco minutos de conversa, era capaz de traçar o perfil da outra pessoa. O meu pai comentou: 'Que ousadia. Eu conheço-te há 35 anos e sinto que ainda não te conheço.'

Sorri, a esta frase. De há dois anos para cá, houve em mim mudanças profundas, algumas radicais, e é natural que os meus pais, que sempre me conheceram de uma determinada forma, ainda fiquem abananados de vez em quando. Mas sabe-me bem conseguir ser cada vez mais eu, mais autónoma, mais livre. É tão bom não ter nós a amarrar-nos os pensamentos e os sentimentos...

1 comentário:

Ana disse...

Acho que os outros só podem começar a conhecer-nos quando nós nos conhecemos a nós próprios. Comigo aconteceu assim. E por isso só muito recentemente é que algumas pessoas podem dizer que me conhecem... =)