segunda-feira, 25 de junho de 2012

Dos Amores

Eu e o R. fizemos um ano de casados há mais ou menos dois meses. Um ano de felicidade vivida intensamente. Muita gente nos disse que após os primeiros seis meses tudo mudava, a rotina instalava-se e as coisas tornavam-se mais complicadas. Não me lembro de ter sido assim. Não é assim. Há complicações? Há. Nem tudo corre bem? É verdade. Mas não deixámos de olhar um para o outro com amor no olhar e é bom senti-lo.

Assim sendo, dia 30 de Abril tivemos festa. E uns dias depois, tivemos nova festa. Na pessoa da C., o meu pequeno milagre, como eu gosto de dizer. Porque na minha história de vida houve tempos em que pensei que já não fosse possível ser mãe. Mas ela cá está, a provar que tudo é possível e que Deus escreve direito por linhas tortas. O meu 'ratinho' dorme aqui ao pé de mim, na sua alcofa. Já se espreguiçou toda, já chorou porque lhe caiu a chupeta, já esteve a rir-se para mim e para o mobile que lhe fiz. Dorme toda torta, com a cabeça inclinada para trás, como já fazia no útero (assim o mostrou numa ecografia). Está gorducha, mais gorducha do que deveria para uma bebé amamentada exclusivamente a peito, porque come que se farta. Escorrega pela alcofa abaixo (a alcofa está inclinada, por recomendação médica) e acaba quase sentada no fundo, com os pés para cima. Ainda não tem cor de olhos definida, mas pode ser que saia à família que tem olhos verdes. Gosta de colinho, muito colinho, e 'ronrona' quando tem a oportunidade de se enrolar em nós.  Franze o sobrolho quando fixa as pessoas, como se se estivesse a tentar recordar das suas caras ou vozes. Já faz beicinho. Dizem que tem a cara do pai e há uma fotografia dele em que parece mesmo ela. Já foi um pontinho de luz. E agora é, juntamente com o R., o Sol da minha vida.